A partir do ano 2000 passou a ser estudada como uma alternativa aos modelos convencionais de tratamento endodôntico mostrando como vantagem principal o estímulo do término da formação radicular com o aumento do comprimento radicular e fechamento da ponta da raiz e aumento da resistência dessa raiz pela deposição de tecido duro no espaço anteriormente ocupado pelo nervo do dente

Várias doenças podem ser consideradas um problema de saúde pública dentre elas está incluído o traumatismo dentário. Além dos danos físicos, as lesões podem afetar a aparência e dificultar a mastigação e emissão de sons compreensíveis. As consequências de um traumatismo podem ser lesões aos tecidos periodontais (estruturas que seguram o dente na boca) e na polpa (popularmente conhecido como “nervo do dente”), gerando problemas estéticos e funcionais tendo como resultados abalos emocionais e psicológicos ao paciente.

“Uma das consequências das alterações pulpares é a necrose (morte do nervo do dente) que atinge aproximadamente 27% dos dentes traumatizados sendo que a faixa etária de maior prevalência dessas lesões é composta por jovens, crianças e adolescentes, comprometendo a formação total dessa (denominado cientificamente de rizogênese incompleta). A agressão traumática ou microbiana a polpa dental (nervo do dente) em desenvolvimento ocasiona uma interrupção na formação radicular deixando essa com paredes extremamente frágeis e impossibilitando o tratamento endodôntico convencional (tratamento de canal). Assim o dente fica susceptível a fraturas, mesmo sob forças fisiológicas, durante a mastigação. Nestes pacientes com a raiz incompleta e morte do nervo preconiza-se um tratamento que vise a maturação e término da formação radicular, prevenindo a invasão microbiana ou a eliminação de infecção existente”, destaca o professor da Escola de Odontologia da IMED, Me. Volmir J. Fornari.
Considerando que a raiz dental está muito ampla, com a ponta excessivamente aberta e as paredes laterais finas é impossível realizar o tratamento de canal convencional, necessitando por tanto de um tratamento alternativo que tem como objetivo completar a formação radicular com o fechamento da ponta e o aumento de volume das paredes laterais reforçando as mesmas.

Dentro desse contexto, a Endodontia Regenerativa (tratamento de canal não convencional) tem surgido como uma alternativa promissora para esses casos de tratamento de dentes com raiz incompleta e polpa necrosada (nervo morto). Volmir explica que “existem dois tipos de tratamento regenerativo: o primeiro se refere a regeneração pulpar (nervo do dente), tendo como objetivo a formação de um novo tecido pulpar in vitro (em laboratório) a partir de células tronco estimuladas por fatores de crescimento, ainda não aplicável na realidade clínica. O segundo conceito, refere-se à revascularização pulpar, definido como a invaginação de células mesenquimais indiferenciadas (células tronco) da região apical do dente (tecidos periapicais) de dentes de pacientes jovens com a raiz aberta (ápice incompleto). Esse conceito de revascularização pulpar não é novo na Odontologia pois na década de 50 e 60 já existiam pesquisas com um enfoque um pouco diferente da atualidade”.

O docente esclarece que “o protocolo do tratamento atual consiste em preencher o espaço do canal radicular, antes preenchido por tecido pulpar necrótico (nervo do dente morto), com um coágulo de sangue (rico em células mesenquimais indiferenciadas) oriundo da região periapical (tecido além da ponta da raiz) que possam atuar como um arcabouça de proteínas que permita o crescimento tridimensional do novo tecido duro. A formação desse coágulo é feita com anestesia local e através do canal radicular não necessitando nenhum ato cirúrgico. Podemos ainda citar como vantagens que a revascularização, é um tratamento com tempo clínico pequeno, que pode ser concluído em uma ou duas sessões, após o controle da infecção, não necessita instrumental nem materiais adicionais, pois o organismo do paciente irá promover a continuidade da formação radicular e por último um baixo custo operatório se comparado a outras terapias alternativas”.

Essa forma de tratamento do dente traumatizado com rizogênese incompleta tem se mostrado eficaz na manutenção do dente na cavidade oral e demonstrado um avanço na Odontologia para recuperar dentes anteriormente com um alto risco de terem que ser extraídos.

Fonte e Foto: O Nacional
http://www.onacional.com.br/variedades/62924/quebrei+um+dente+e+agora

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