Uma pesquisa indica que o aumento do consumo de refrigerantes e outras bebidas gasosas pode ter relação com casos de câncer de garganta.

Uma equipe de médicos do Hospital Memorial Tata, da Índia, descobriu que o consumo desse tipo de bebidas cresceu cinco vezes nos Estados Unidos nos últimos 50 anos.

Eles ligaram isso ao fato de que os casos de câncer de garganta cresceram seis vezes entre os homens brancos, maior público de bebidas gasosas.

A pesquisa foi apresentada em uma conferência sobre doenças digestivas em Nova Orleans, nos Estados Unidos.

Alguns cientistas, no entanto, questionam uma relação entre os dois fatos e pedem mais pesquisas sobre o assunto.

Correlação

A equipe indiana encontrou a mesma relação entre habitantes da Austrália e na Grã-Bretanha, onde o número de pessoas com câncer com garganta cresceu 65% nos últimos 30 anos.

Em países como a China e Japão, onde não houve aumento significativo no consumo dessas bebidas, os casos de câncer de esôfago também não subiram.

“A surpreendente correlação entre os fatos demonstra o impacto da dieta na saúde”, afirmou a pesquisadora Mohandas Mallath.

“Na medida que essa tendência alimentar deve crescer ainda mais nos próximos 20 anos, é necessário que se estude melhor o impacto epidemiológico para estabelecer uma associação mais concreta.”

Sem provas

O pesquisador do Hospital Geral de Massachusetts, Lee Kaplan, disse que de nenhuma forma a pesquisa comprovou a relação entre bebidas gasosas e câncer de garganta.

Ele disse que pessoas que bebem grandes quantidades dos produtos podem ter outras características comuns, como obesidade.

Outros estudos, no entanto, comprovam que bebidas gasosas fazem o estômago se distender, aumentando a probabilidade de que o seu conteúdo volte para o esôfago.

Como os conteúdos do estômago em geral são muito ácidos, eles irrigam o estômago – um fenômeno que médicos acreditam ser um dos causadores do câncer.

“Refluxos de ácidos gástricos do estômago para o esôfago é uma origem suspeita do câncer. Pessoas obesas têm mais refluxo e um risco maior de câncer”, diz o diretor do Centro Britânica de Pesquisa em Câncer.

Resposta da indústria

O diretor da Associação Britânica de Refrigerantes, Richard Laming, contesta o estudo.

“O autor do estudo compara apenas o consumo de refrigerantes com o aumento em um tipo muito raro de câncer. Mas ele não olhou para os padrões de consumo das pessoas que sofrem com esse tipo de câncer”, afirma Laming.

“Pesquisadores de câncer ainda não acharam uma relação entre os dois fatos. Além disso, nas últimas duas décadas, muitos padrões alimentares mudaram. Não há base científica para isolar um tipo de comida das demais.”

fonte: BBC Brasil;webodonto
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